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Principais conclusões da Perspectiva Cíclica: Otimismo contido em relação à economia global

A produção e a demanda global devem apresentar forte recuperação em 2021, mas vemos riscos que pedem um posicionamento cuidadoso do portfólio.
12/01/2021

A economia global deve fazer bons avanços no caminho para a recuperação ao longo do horizonte cíclico, particularmente no segundo semestre de 2021. Contudo, boa parte desse crescimento já foi precificada pelos mercados. O investidores precisam prestar atenção em vários riscos macroeconômicos que pedem a construção cuidadosa do portfólio para enfrentar novas ondas de volatilidade nos mercados financeiros.

Na Perspectiva Cíclica de janeiro de 2021, discutimos as perspectivas para o crescimento global, a política econômica e a inflação em 2021, juntamente com as implicações para os mercados e os investidores. Esta publicação no blog é uma síntese dos nossos pontos de vista.

Cenário base: retomada do crescimento, inflação indefinida

Após uma contração descomunal na atividade econômica em 2020, a demanda e a produção global devem apresentar uma forte recuperação este ano. A paralisação decorrente dos novos lockdowns nas principais economias dará lugar ao crescimento do produto interno bruto (PIB) por volta do segundo trimestre, impulsionado pelas campanhas de vacinação e o contínuo apoio das políticas fiscal e monetária. Partindo de uma base fraca, espera-se que o crescimento do PIB mundial este ano seja o maior em mais de uma década.

A inflação dos preços ao consumidor deve aumentar apenas moderadamente e permanecer abaixo da meta dos bancos centrais das principais economias em grande parte do ano.

As políticas monetária e fiscal sustentam o crescimento

Os bancos centrais manterão os custos dos empréstimos baixos para dar continuidade ao apoio fiscal ainda por vários anos. As taxas de juros permanecerão nos níveis atuais num futuro próximo, podendo até sofrer novos cortes em alguns países. As compras de ativos devem continuar ao longo do ano e, possivelmente, bem além dele.

A política fiscal continua sendo o principal fator de incerteza em nossa perspectiva cíclica. A maioria dos governos continuará sustentando a renda das famílias por meio de transferências e apoiando as empresas com garantias a empréstimos, subsídios e incentivos fiscais.

Três maiores riscos para nosso cenário base

Um princípio de fadiga fiscal (na qual os governos retomam uma postura mais cautelosa) seria um risco significativo para a recuperação econômica esperada, particularmente no segundo semestre deste ano e mais ainda em 2022.

Além disso, com a China exibindo um forte momentum no início de 2021, esperamos que as autoridades econômicas mudem o foco para a desalavancagem ao longo do ano. Vemos um risco de aperto excessivo que poderia levar a uma desaceleração mais acentuada do que a prevista no crescimento.

A maior incerteza na perspectiva econômica decorre das possíveis cicatrizes que poderiam inibir ou até mesmo impedir um retorno rápido aos níveis de consumo pré-pandemia, bem como as decisões de investimento e contratação das empresas.

Implicações para os investimentos

No curto prazo, vemos riscos positivos e negativos para as taxas de juros dos títulos públicos, refletindo os conflitos entre lockdowns, redução da atividade econômica e lançamento de vacinas. Pretendemos permanecer bastante neutros em duration geral na maioria dos portfólios. Podemos empregar posições que apostam namaior inclinação da curva de juros nos portfólios de renda fixa tradicionais, dada a nossa visão de que, embora os bancos centrais possam ancorar o lado mais curto das curvas, com o passar do tempo os mercados terão uma reflação de preços maior no lado mais longo.

Apesar de vermos pouco risco de alta da inflação no horizonte cíclico, continuamos acreditando que os Treasury Inflation-Protected Securities (TIPS) dos EUA oferecem um hedge a preços razoáveis contra o aumento da inflação norte-americana em longo prazo.

Esperamos dar preferência a hipotecas vinculadas e não vinculadas a agências, bem como a posições em outros produtos estruturados, overweights em créditos corporativos cuidadosamente selecionados e exposições a créditos soberanos de mercados emergentes denominados em moeda forte. Evitaremos posições em créditos corporativos genéricos, preferindo confiar na seleção ativa de nossas equipes de crédito. Em moedas, esperamos manter um modesto underweight em dólar dos EUA.

Embora os mercados de risco possam continuar mantendo um bom desempenho nos próximos meses em resposta às campanhas de vacinação e aos estímulos econômicos, os investidores podem ter se tornado complacentes demais diante dos riscos. Acreditamos ser este um momento para posicionamento cuidadoso do portfólio, não para otimismo excessivo ou para assumir um risco exagerado. Dado o nível baixo das taxas de juros em geral, spreads estreitos e volatilidade baixa, planejamos enfatizar a preservação do capital e a gestão cuidadosa da liquidez.

Uma vez que sejam superadas as fases mais fáceis da recuperação da pandemia, esperamos um ambiente de mercado bastante difícil. Como gestores ativos, buscaremos agregar valor com a seleção de títulos nos setores de crédito, com foco em fontes de renda de alta qualidade, e também identificar as melhores oportunidades globais.

Veja mais detalhes sobre nossas perspectivas para a economia global em 2021 e suas implicações para os investimentos na íntegra da Perspectiva Cíclica "Otimismo contido em relação à economia global".

Joachim Fels é Global Economic Advisor da PIMCO e Andrew Balls é CIO de Renda Fixa Global.

Autores

Informações importantes

Todos os investimentos apresentam riscos e podem perder valor. O investimento no mercado de renda fixa está sujeito a riscos, inclusive riscos de mercado, taxa de juros, emissor, crédito, inflação e liquidez. O valor da maioria dos títulos e estratégias de renda fixa é afetado por oscilações nas taxas de juros. Títulos e estratégias de renda fixa com “durations” (prazo médio) mais longas tendem a ser mais sensíveis e voláteis do que aqueles com “durations” mais curtas; os preços dos títulos geralmente caem quando as taxas de juros sobem, e o ambiente de juros baixos aumenta esse risco. Reduções na capacidade de títulos de renda fixa da contraparte podem contribuir para a diminuição da liquidez de mercado e o aumento da volatilidade dos preços. Quando resgatados, os investimentos em títulos de renda fixa podem ter valor superior ou inferior ao seu custo original. Os títulos vinculados à inflação (ILBs) emitidos por um governo são títulos de renda fixa cujo valor principal é corrigido monetariamente de acordo com a inflação; de forma geral, eles perdem valor quando a taxa de juros real aumenta. Treasury Inflation-Protected Securities (TIPS) são ILBs emitidos pelo governo dos EUA. Os títulos lastreados por hipotecas e ativos podem ser sensíveis a oscilações nas taxas de juros, estar sujeitos ao risco de pagamento antecipado e, embora geralmente sejam garantidos por um governo, órgão governamental ou garantidor privado, não há garantia de que tal garantidor honrará suas obrigações. O investimento em títulos denominados em moeda estrangeira e/ou de empresas sediadas no exterior pode envolver um risco maior devido a oscilações cambiais e a riscos políticos e econômicos, que podem ser maiores nos mercados emergentes. As taxas de câmbio podem oscilar significativamente em períodos curtos e reduzir o retorno de um portfólio.

As afirmações relativas às tendências do mercado financeiro ou estratégias de portfólio são baseadas nas condições atuais de mercado, que podem se alterar. Não é possível garantir que essas estratégias de investimento funcionem em todas as condições de mercado ou sejam adequadas a todos os investidores, de modo que cada investidor deve avaliar sua capacidade de investir a longo prazo, principalmente em períodos de queda no mercado. Os investidores devem consultar seus próprios assessores antes de tomar uma decisão de investimento. As perspectivas e estratégias estão sujeitas a mudanças sem aviso prévio.

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