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Principais conclusões da Perspectiva Cíclica: Enfrentando um pico falso de inflação

A economia global está prestes a apresentar uma forte retomada. A inflação pode aumentar temporariamente, mas prevemos que boa parte desse aumento será revertido até o final deste ano.
30/03/2021

Nosso cenário base prevê uma forte recuperação em todo o mundo e uma inflação que, apesar de todas as discussões reflacionárias, provavelmente ficará abaixo das metas do banco central nos próximos um a dois anos, não obstante a alta temporária nos próximos meses.

Na Perspectiva Cíclica da primavera de 2021, discutimos o que nossas projeções de crescimento global, inflação e política do banco central podem significar para os mercados e os investidores no próximo ano. Esta publicação no blog é uma síntese dos nossos pontos de vista.

Perspectiva econômica

O crescimento global parece estar prestes a se recuperar em 2021, ainda mais fortemente do que havíamos previsto na Perspectiva Cíclica de janeiro. Desde então, os governos ampliaram significativamente o apoio fiscal e, nos próximos trimestres, a vacinação deverá possibilitar o aumento da atividade econômica nos setores de serviços expostos a restrições devido à COVID.

Contudo, este é um ciclo econômico muito diferente, que está saindo de uma recessão provocada por isolamentos e distanciamento social voluntário, não por tensões econômicas e financeiras, e as perspectivas embutem uma incerteza maior do que a habitual.

A trajetória da inflação

Nos próximos meses, uma combinação de efeitos de base, aumentos recentes nos preços de energia e ajustes de preços nos setores onde houve aumento da atividade deve gerar uma alta significativa nas taxas anuais de inflação. Contudo, projetamos que boa parte dela será revertida ao final deste ano, já que o pleno emprego continua elusivo apesar da forte recuperação esperada no mercado de trabalho. De forma geral, nosso cenário base prevê que o núcleo de inflação permanecerá abaixo das metas dos bancos centrais em todas as principais economias desenvolvidas em 2021 e 2022.

Isso posto, precisamos estar atentos aos riscos de aumento da inflação vindos de diversas fontes, como uma surpresa positiva no crescimento econômico e ganhos no emprego. Inversamente, os riscos de queda da inflação poderiam se materializar se as empresas acelerassem a automação e a digitalização em reação à pandemia ou se a presente alta nos preços dos ativos explodisse como uma bolha.

Implicações para os investimentos

Os investidores devem procurar manter a flexibilidade e a liquidez do portfólio para poder reagir aos eventos em um ambiente de investimento que provavelmente será difícil e volátil. Acreditamos que a renda fixa continue a servir tanto como reserva de valor quanto como um hedge potente para os ativos de risco em termos de alocação global de ativos.

Esperamos ficar bastante próximos do referencial em termos de duration, com as taxas de juros em níveis mais razoáveis após os movimentos recentes do mercado. Dado o aumento de inclinação já observado nos EUA, há também um bom argumento a favor da diversificação global para expressar essa visão de inclinação da curva também no Reino Unido, na Europa e no Japão.

A nosso ver, os títulos hipotecários privados (MBS) dos EUA e alguns outros produtos estruturados globais, entre eles os MBS residenciais no Reino Unido, oferecem boas valuations em comparação com os títulos corporativos genéricos de curto prazo, além de boas qualidades defensivas.

Na maioria dos casos, consideramos a valuation e a liquidez oferecidas pelos índices de credit default swap mais atraentes que as dos títulos corporativos de curto prazo. Vemos oportunidades atraentes nos setores que apresentarão maior recuperação após a COVID, como o habitacional, o industrial/aeroespacial e alguns bancos e empresas financeiras, e provavelmente manteremos o foco nessas oportunidades para as estratégias de crédito.

Nos portfólios de alocação de ativos, esperamos manter um overweight em ações, com preferência para as ações cíclicas em detrimento das defensivas. A seleção de títulos e setores continua a ser fundamental e damos preferência às empresas expostas ao estímulo fiscal, à recuperação cíclica e a desestabilizações seculares na tecnologia. Também preferimos os mercados acionários dos EUA e da Ásia que, aparentemente, sairão mais cedo da pandemia e se beneficiarão com as medidas de apoio fiscal.

Vemos um pequeno potencial de alta para as commodities, impulsionado pela aceleração do crescimento global, por investimentos em infraestrutura e pelos baixos níveis de estoques em geral. Entretanto, esperamos que, de forma agregada, os ganhos de preços sejam limitados. Não acreditamos estar no início de um novo superciclo de commodities, pois não vemos aperto generalizado nos mercados.

Confira mais detalhes sobre nossa perspectiva para a economia global em 2021 e suas implicações para os investimentos na Perspectiva Cíclica “Enfrentando um pico falso de inflação”.

Joachim Fels é Global Economic Advisor da PIMCO e Andrew Balls é CIO de Renda Fixa Global.

Autores

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As afirmações relativas às tendências do mercado financeiro ou às estratégias do portfólio são baseadas nas condições atuais de mercado, que podem se alterar. Não é possível garantir que essas estratégias de investimento funcionem em todas as condições de mercado ou sejam adequadas a todos os investidores, de modo que cada investidor deve avaliar sua capacidade de investir a longo prazo, principalmente em períodos de queda no mercado. Os investidores devem consultar seus próprios assessores antes de tomar uma decisão de investimento. As perspectivas e estratégias estão sujeitas a mudanças sem aviso prévio.

As projeções, estimativas e determinadas informações aqui contidas são baseadas em pesquisas próprias e não devem ser encaradas como assessoria de investimentos nem como recomendação de qualquer título, estratégia ou produto de investimento específicos. Não há garantia de que os resultados serão atingidos.

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