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Principais conclusões da Perspectiva Cíclica: Inflexão da inflação

O crescimento econômico e a inflação devem atingir o pico em 2021 e perder o fôlego em 2022 conforme o apoio das políticas fiscal e monetária perder o impulso.
23/06/2021

O cenário-base da PIMCO para o horizonte cíclico prevê a continuidade da recuperação desigual da economia mundial antes de passar para um ritmo mais moderado, mas ainda acima da tendência em 2022. Embora a inflação esteja em alta, principalmente nos Estados Unidos, os fatores que levaram ao recente aumento dos preços são transitórios, a nosso ver. Não obstante, o aumento da volatilidade macroeconômica pode se traduzir em maior volatilidade no mercado. Como investidores, acreditamos ser importante manter a liquidez e a flexibilidade do portfólio para poder reagir e tirar proveito desses acontecimentos.

Em nossa Perspectiva Cíclica de junho, discutimos as perspectivas de crescimento e inflação para o mundo no próximo ano, bem como as implicações para os investidores. Esta publicação no blog resume os principais tópicos.

Pico da pandemia, pico da política monetária e pico do crescimento

Com o recuo da pandemia em grande parte do mundo, talvez o apoio da política monetária também tenha atingido o pico e passe a ser um entrave para o crescimento nos próximos meses. Enquanto isso, diversos bancos centrais de mercados desenvolvidos (MD) deram os primeiros passos para normalizar a política monetária ou sinalizaram planos de fazê-lo.

Esses fatores tendem a afetar o crescimento dos setores e regiões em diferentes graus e podem resultar em uma retomada um tanto dessincronizada dos MD em 2021. Em 2022, contudo, a retomada dará lugar a um crescimento moderado e sincronizado, embora em ritmo ainda forte e acima da tendência. Por outro lado, o atraso da vacinação nos mercados emergentes (ME) impedirá a plena recuperação desses países.

Pico da inflação

Como sempre há uma defasagem temporal entre o crescimento e a inflação, projetamos um pico de inflação nos MD nos próximos meses. Contudo, a magnitude e o momento exato ainda são incertos devido às restrições de oferta, inclusive a escassez de semicondutores no mundo. Espera-se que essas restrições diminuam em 2022, o que, combinado ao pico de demanda de produtos, deve moderar a inflação no segundo semestre de 2021.

Em geral, projetamos que a inflação nos MD terminará 2021 em um índice anual médio de 3%, antes de voltar a cair para 1,5% em 2022, abaixo da meta dos bancos centrais dos MD. Não obstante as mudanças nos programas de afrouxamento quantitativo dos bancos centrais dos MD, não esperamos que eles comecem a aumentar as taxas de juros ao longo do nosso horizonte cíclico.

Implicações para os investimentos

Como há menos oportunidades de alta convicção e as valuations estão muito caras, é melhor ter paciência e manter a flexibilidade e a liquidez nos portfólios para poder reagir às oportunidades.

No momento, está difícil interpretar os novos dados devido à crise sem precedentes causada pela COVID. Além disso, qualquer discurso de abrandamento do Fed, por mais cuidadoso que seja, poderia levar a rupturas no mercado, especialmente nos setores de spread.

Quanto à duration, esperamos ficar próximos do benchmark, mantendo um underweight modesto. Esperamos manter uma posição de inclinação da curva, em linha com o viés estrutural que mantemos há bastante tempo e também como fonte de renda.

A nosso ver, os títulos hipotecários não vinculados a agências dos EUA ainda oferecem valor se comparados a disponibilidades corporativas genéricas, além de ter perfis de risco favoráveis. No crédito corporativo, vemos pouco potencial para redução significativa dos spreads. Contudo, também é provável que haja uma forte demanda por crédito, mesmo com spreads comprimidos, em virtude do baixo rendimento dos títulos públicos. A seleção de títulos individuais deve continuar a ser um impulsionador importante do alfa em mandatos especializados de crédito, com uma provável concentração em finanças, cíclicos, setores relacionados à habitação e operações de recuperação da COVID-19.

As commodities tiveram alta significativa por conta da forte demanda global. Para o futuro, acreditamos que o aumento dos preços para entrega imediata seja menor, já que as operações de hedge dos produtores limitam cada vez mais os preços nos prazos mais longos. Esperamos ser bastante neutros em Treasury Inflation-Protected Securities (TIPS), embora em alguns portfólios um overweight nesses títulos possa fazer sentido devido ao preço ainda razoável do hedge contra surpresas na inflação.

Continuamos a preferir underweights em dólares dos EUA – com dimensionamento cuidadoso – em comparação com moedas relacionadas a commodities do G-10 e moedas selecionadas de ME. Também esperamos identificar boas oportunidades em títulos locais e externos de ME.

A nosso ver, as valuations das ações estão justas com o prêmio de risco dos EUA em 3,5%, em linha com a média da expansão de meio de ciclo. Devido às valuations, as atenções estão voltadas para a seleção de setores e títulos de empresas que serão beneficiadas com a reabertura do setor de serviços, bem como para ações cíclicas em setores com suporte secular dado pelo poder de precificação (pricing power) e por barreiras de entrada, como semicondutores, automação tecnológica e setores verdes.

Para mais detalhes sobre nossas perspectivas para a economia mundial no próximo ano e suas implicações para os investimentos, leia a íntegra da Perspectiva Cíclica, “Inflexão da inflação”.

Tiffany Wilding é economista para América do Norte e Andrew Balls é CIO de Renda Fixa Global.

Autores

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Todos os investimentos apresentam riscos e podem perder valor. O investimento no mercado de renda fixa está sujeito a riscos, inclusive riscos de mercado, taxa de juros, emissor, crédito, inflação e liquidez. O valor da maioria dos títulos e estratégias de renda fixa é afetado pelas oscilações nas taxas de juros. Títulos e estratégias de renda fixa com “durations” (prazo médio) mais longas tendem a ser mais sensíveis e voláteis do que aqueles com “durations” mais curtas; os preços dos títulos geralmente caem quando as taxas de juros sobem, e o ambiente de juros baixos aumenta esse risco. Reduções na capacidade de títulos de renda fixa da contraparte podem contribuir para a diminuição da liquidez de mercado e o aumento da volatilidade dos preços. Quando resgatados, os investimentos em títulos de renda fixa podem ter valor superior ou inferior ao seu custo original. Os títulos lastreados em hipotecas e ativos podem ser sensíveis a oscilações nas taxas de juros, estar sujeitos ao risco de pagamento antecipado e, embora geralmente sejam garantidos por um governo, órgão governamental ou garantidor privado, não há garantia de que tal garantidor honrará suas obrigações. Os títulos de dívida corporativos estão sujeitos ao risco da incapacidade do emissor de honrar os pagamentos do principal e dos juros e podem também estar sujeitos à volatilidade de preços devido a fatores como sensibilidade à taxa de juros, percepção do mercado acerca da qualidade de crédito do emissor e liquidez geral do mercado. Os títulos de renda fixa vinculados à inflação (ILBs) emitidos por um governo são títulos de renda fixa cujo valor principal é corrigido monetariamente de acordo com a inflação; de forma geral, eles perdem valor quando a taxa de juros real aumenta. Treasury Inflation-Protected Securities (TIPS) são ILBs emitidos pelo governo dos EUA. O investimento em títulos denominados em moeda estrangeira e/ou de empresas sediadas no exterior pode envolver um risco maior devido a oscilações cambiais e a riscos políticos e econômicos, que podem ser maiores nos mercados emergentes. As taxas de câmbio podem oscilar significativamente em períodos curtos e reduzir o retorno de um portfólio. Ações podem perder valor devido a condições setoriais, econômicas e de mercado reais ou supostas. Commodities apresentam riscos maiores, inclusive de mercado, de condições naturais, políticos e regulatórios, e podem não ser adequadas a todos os investidores.

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